Guedes volta a ameaçar empresas públicas

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a atacar as empresas públicas brasileiras, dia 27/9. Durante discurso em evento virtual da International Chamber of Commerce Brasil, Guedes voltou a defender a aceleração do processo de privatização de estatais, como Petrobras e Banco do Brasil, nos próximos 10 anos.

Na live, o ministro negou que o governo tenha ‘falhado’ com as privatizações, mas admitiu que a entrega de estatais “não andou no ritmo que gostaríamos”. Ainda assim, celebrou “240 bilhões de reais em dois anos e meio” provenientes da venda de pequenas empresas ou de subsidiárias. “Não foram grandes empresas, as grandes vêm agora: Correios, Eletrobras”, acrescentou.

O coordenador da Comissão de Empresa dos funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, ressaltou a competitividade e a importância do BB para o país. “É um absurdo dizer que o Banco do Brasil tem de ser privatizado. O banco é um dos maiores do país, que dá lucro atrás de lucro todos os anos. Esse tipo de fala, vindo de pessoas indicadas pelo mercado, só serve para atender aos interesses corporativos dos bancos privados em acabar com a concorrência pública”, disse. “A história do desenvolvimento de nosso país se confunde com a do Banco do Brasil, a primeira instituição financeira brasileira. Os investimentos para a infraestrutura, o desenvolvimento industrial, do setor de serviços, comércio e agropecuário foram e são feitos pelo Banco do Brasil. Mas, pessoas e setores com interesses escusos menosprezam a importância do banco para o país”, completou.

O Banco do Brasil obteve lucro líquido ajustado de quase R$ 10 bilhões no 1º semestre de 2021, crescimento de 48,4% em relação ao mesmo período de 2020, segundo análise elaborada pelo Dieese.

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