Mesa de negociação com Caixa tem poucos avanços

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Igualdade de oportunidade e cláusulas sociais foram os temas da reunião da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) com a Caixa Econômica Federal, dia 17/8, por videoconferência. No encontro, os representantes dos empregados cobraram menores taxas para os empréstimos, créditos, a continuação da isenção de tarifas, o respeito à jornada, manutenção da PLR Social e ações mais efetivas para as pessoas com deficiência (PcD). A CEE reforçou a pauta de manter as cláusulas sociais, e no que se aplicar, extensiva aos aposentados. A Caixa não trouxe propostas sobre o tema.

Segundo a Caixa, cerca de 44% dos empregados do banco público são mulheres, pouco mais de 37 mil trabalhadoras. Os representantes dos empregados destacaram a necessidade de as ações serem construídas em conjunto com o movimento sindical, que têm acesso direto ao que acontece com as bancárias no dia a dia. A comissão dos trabalhadores reforçou que essas medidas tenham a participação do movimento sindical uma vez que é uma pauta de luta.

Ainda no tema igualdade de oportunidades, a Comissão reforçou as demandas que estão na minuta para PcDs. Muitos trabalhadores ainda sofrem discriminação ou não tem todas as condições necessárias para desempenhar suas atividades nas áreas em que foram colocados. Atualmente, são 3.464 trabalhadores PcDs na Caixa, 1.800 deles contratados em 2019 graças à ação judicial das entidades que obrigou a contratação. Assuntos como racismo e homofobia foram deixados de lado pela Caixa. A CEE destacou ainda a demora da Caixa ao aderir ao censo da diversidade, e que a adesão às respostas foi baixa. O banco não informou se houve comunicação para evitar a baixa adesão.

Outra cobrança importante feita pela Comissão foi que a Caixa deixe de cobrar as metas enquanto perdurar a pandemia. Mesmo com a contaminação crescente no país, a Caixa ainda está cobrando metas dos empregados.

Saúde Caixa e PLR

Uma nova reunião foi marcada para o dia 19/8 para tratar do Saúde Caixa. Outro item importante cobrado foi a manutenção da PLR Social nos moldes atuais. A Caixa alegou dificuldades com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) para manter a PLR no formato conquistado e mantido pelos empregados nos últimos anos. O banco afirmou que deve trabalhar para trazer propostas aos empregados sobre os dois temas. A Comissão voltou a cobrar a limpeza completa e efetiva das unidades em casos de contágio ou suspeita da Covid-19. A aplicação do protocolo não tem sido feita de forma homogênea em todas as unidades, o que mostra que a comunicação institucional da Caixa não chega às chefias.


Avanços

A Caixa atendeu nossa reivindicação e reduziu em uma hora o horário de atendimento das agências. O rodízio está mantido e não há nenhuma diretriz para que acabe. O banco reconheceu que esse sistema é essencial para a proteção da saúde dos empregados. A Caixa também informou que os SEVs têm autonomia de realocar os empregados entre as unidades para garantir o rodízio, e serão orientados a atuar neste sentido. A Caixa respondeu que não pode intervir junto aos terceirizados, mas tem conversado com as empresas para que estas façam as devidas ações de proteção bem como o serviço permaneça sendo prestado.

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