Mudanças aprovadas no Conselho de Administração da Caixa acabam com a Vipes

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O Conselho de Administração da Caixa aprovou, na reunião de abril, o fim da Vice-Presidência de Pessoas (VIPES). Em seu lugar fica a Vice-Presidência de Estratégia e Pessoas (VIEPE). Para a nova área serão transferidas as diretorias de governança e estratégia (DEGOE); de Marketing e Relacionamento Institucional (DEREL), e a Ouvidoria, que passa a ser vinculada à DEGOE. Até então esses setores estavam diretamente ligados à Presidência.

“Votei contra essa mudança, que foi aprovada por maioria. A criação de uma vice-presidência específica para tratar de pessoas é avanço recente, advindo da relevância e complexidade da relação com os empregados, o que envolve direitos trabalhistas, carreira, treinamento, administração de conflitos, relação negocial com entidades sindicais. A pasta veio humanizar a gestão, valorizar o patrimônio humano do banco. O que vemos agora é um retrocesso”, afirmou Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa. “A vinculação das áreas de estratégia e marketing à área de pessoas não é coerente. Essas são áreas transversais em qualquer empresa e normalmente estão alocadas na maior hierarquia executiva”, completou Rita.

Na proposta, a Ouvidoria passa a ser vinculada a uma vice-presidência, quando boas práticas de mercado sugerem que: “O Ouvidor deve ser vinculado e subordinado diretamente ao dirigente máximo da organização e deste deverá receber o suporte necessário para o exercício de suas funções, de forma que possa agir com autonomia, imparcialidade e legitimidade junto aos demais dirigentes da organização”. Da mesma forma, o estatuto padrão da SEST sugere que a Ouvidoria fique diretamente ligada ao Conselho de Administração.

“É mais uma reestruturação e com sinais claros de retrocesso. Isso reforça a importância da nossa luta contra os desmandos dessa direção. É evidente que querem desestruturar a Caixa. Nós empregados estamos em risco e claro, a sociedade vai sofrer junto porque querem acabar com o banco público e o papel tão importante que ela tem na luta contra a desigualdade”, finalizou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa.

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