Negociação: Caixa não atende nenhuma das reivindicações dos empregados

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Decepcionados. Foi assim que os representantes dos empregados da Caixa saíram da reunião online da mesa de negociação permanente realizada com a direção do banco, dia 11/5. Isso porque, o banco público não atendeu nenhuma das reivindicações encaminhadas pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa.

PLR Social – O banco fez uma apresentação e disse que o pagamento da PLR foi em “reconhecimento a toda dedicação dos empregados em 2020” e alegou que o ACT teria sido integralmente cumprido e sustenta que extrapolou o que estava previsto na resolução 10/1995 da CCE. A Comissão dos empregados argumentou que, ao contrário do que foi dito pela Caixa, não houve o devido reconhecimento e valorização aos empregados no pagamento da PLR. A reivindicação é que o banco pague a diferença da PLR Social respeitando-se a Lei 10.101/2000 e a negociação coletiva. O ACT é bastante claro em dizer que a Caixa não se enquadra na limitação de 25% dos dividendos definida pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), mas sim na limitação definida no próprio acordo que é de 15% do lucro líquido ajustado.

Dia do Basta – O segundo tema da pauta foi a aplicação da falta não justificada aos empregados que participaram da paralisação no Dia do Basta, mobilização organizada pela categoria no dia 27 de abril. A paralisação foi confirmada por decisão judicial após a Caixa ingressar com pedido de Tutela Cautelar Antecedente no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A direção da Caixa alegou que a paralisação era abusiva, mas o ministro do TST [Maurício José Godinho] indeferiu o pedido, garantindo o direito de greve aos trabalhadores. Os representantes dos empregados sustentam que o motivo da paralisação é a insatisfação dos empregados com a política de pessoas da direção da empresa e nada justifica o lançamento de Falta Não Justificada – FNJ no dia 27. A Caixa disse que registrou o pedido feito pela CEE/Caixa de lançamento de “paralisação” para o dia 27, mas mantém a orientação inicial do banco de falta não justificada.

Protocolos Covid-19 – A CEE cobrou o cumprimento dos protocolos de prevenção, saúde e segurança contra a Covid-19 e melhoria permanente desses protocolos. Os representantes dos empregados trazem relatos de inobservância dos protocolos de prevenção, que não têm sido aplicados, muitas vezes, com a justificativa de que é necessário bater a meta nas unidades. Houve cobrança do retorno do rodízio nas agências, melhoria dos sistemas, manutenção do home office, foco no atendimento e não nas metas, higienização adequada e pagamento das horas extras, que tem aumentado a sobrecarga de trabalho quando é realizada a compensação. Foi cobrado que a direção da Caixa negocie junto ao Governo Federal a priorização dos empregados no Plano Nacional de Imunização (PNI).

Sobre o atendimento nas agências, a orientação do banco é que só deve ser feito os serviços essenciais. Sobre metas de visitação, em especial para os gerentes PJ, o ponto ainda será esclarecido. Segundo a Caixa não existe qualquer orientação para retorno presencial de empregado do grupo de risco. Houve compromisso de o banco marcar uma reunião para tratar especificamente dos protocolos contra a Covid-19 a ser marcada ainda este mês.

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