Reunião: direção da Caixa nega negociação sobre reestruturação

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Depois de mais de 11 horas de reunião com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, dia 12/2, a direção do banco não respondeu às perguntas dos empregados e não aceitou parar a reestruturação, colocando os trabalhadores em risco. Sem negociar, a direção do banco encerrou a reunião.

Na terça-feira, 11/2, a Contraf/CUT e a CEE/Caixa conseguiram suspender todo o processo de reestruturação, por meio de uma liminar e – por pressão da Comissão – o portal UmasóCaixa foi retirado do ar pelo banco. A plataforma era responsável por receber as manifestações de interesse dos empregados que optaram pela mudança de função e lotação do plano de reestruturação, sendo usada pela Caixa para validar a função dos empregados.

A Comissão recebeu muitas denúncias de problemas no sistema, para manifestações de interesse e pressionou para que a Caixa suspendesse o processo para melhorar o sistema. Além disso, o número de perguntas superou 4 mil em poucos dias de consulta. Isso quer dizer que os empregados não tinham entendimento sobre o processo. A proposta da Caixa é revalidar a função dos empregados, colocando sob ameaça os trabalhadores, tanto do descomissionamento sumário quanto da transferência arbitrária. O banco insiste em manter o processo de forma intransigente, mesmo com a plataforma com mau funcionamento e sem tempo hábil para os empregados fazerem as escolhas.

A remodelagem proposta pela Caixa retira do banco seu caráter social, além de ampliar o modelo de mercado da instituição, visando áreas que estão prestes a serem vendidas como a Caixa Seguridade e a Caixa Cartões.

Na reunião, a direção da Caixa apresentou informações superficiais sobre o plano de reestruturação, como o número de funções criadas e as lotações. Insistindo que cerca de cinco mil novas funções serão criadas, além das que já existem, sem mostrar onde. A Caixa justificou que a reestruturação cria mais estruturas de atendimento, sendo necessária para garantir a sobrevivência da empresa.

A CEE questionou com relação aos estudos de impacto do plano de reestruturação, tanto com relação aos empregados, quanto para o Brasil.


“A Caixa não mostra o impacto das consequências da reestruturação. O caminho que está sendo apresentado aos trabalhadores e suas representações aponta para uma total mudança de atuação do banco, enfraquecendo o carácter social da instituição, focando no mercado e nos negócios. Então, estamos pedindo transparência nos dados e estudos para que possamos avaliar e, dentro desta perspectiva, orientar melhor os empregados. Lembrando que nosso principal compromisso é a defesa da Caixa”
Marcos Saraiva, diretor do Sindicato e da Fenae


 

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