8 de Março: mulheres cearenses reforçam a luta por respeito e contra a violência de gênero

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Movimentos sociais e entidades sindicais protestaram nas ruas do Centro de Fortaleza nesta quarta-feira, 8/3, Dia Internacional da Mulher. As mulheres cearenses se concentraram na Praça do Ferreira, onde houve prestação de serviços, atividades culturais e feira feminista.

No final da tarde, as mulheres saíram em passeata pelo centro da cidade reforçando a importância da luta em defesa da vida, pelo fim da fome, contra o racismo e a violência de gênero. Após a caminhada, o dia foi encerrado na Praça do Ferreira com atrações locais.

O fim da violência contra a mulher continua sendo uma das pautas prioritárias das mulheres cearenses e das organizações feministas que lideraram a organização do ato de 8 de março deste ano. Isso porque, de acordo com levantamento da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o mês de janeiro de 2023 foi considerado um dos mais violentos paras as mulheres cearenses nos últimos seis anos, com 25 homicídios e sete feminicídios.

Os dados de feminicídio superaram fevereiro de 2022, com seis crimes desta natureza registrados. O segundo mês do ano passado era considerado até então o mais violento desde 2018, ano em que esta tipificação começou a ser monitorada mensalmente pelo Painel Dinâmico da SSPDS. De acordo com o mesmo levantamento, a SSPDS contabilizou a morte de 272 mulheres no Ceará em 2022. Destes casos, pelo menos 28 foram registrados como feminicídio.

Outro levantamento, publicado dia 6/3, mostra o crescimento da violência contra a mulher brasileira nos últimos anos. Realizado em sete estados, o estudo “Elas Vivem: dados que não se calam”, baseado em dados da Rede de Observatórios da Segurança, aponta que a cada dia do ano passado houve pelo menos uma morte por feminicídio nesses estados. Ao todo, 495 mulheres foram assassinadas e 2.423 foram vítimas de violência na Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. A cada quatro horas, uma mulher desses estados sofreu algum tipo de violência. Na maior parte dos casos – 75% – o agressor é o próprio companheiro da vítima ou os ex-companheiros.

O ato de 8 de março também reforçou também a luta das mulheres contra a violência em todos os espaços – em casa, nas ruas, no trabalho, no ambiente virtual e em todos os setores da sociedade.

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