ARTIGO: Todos às ruas dia 18/3 – em defesa das empresas públicas e da democracia!

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Carlos Eduardo, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará

A CUT, as demais centrais sindicais e movimentos sociais se preparam para atos pelo país no próximo dia 18 de março. Em Fortaleza, a atividade acontecerá no Centro, com concentração a partir das 8h, na Praça da Bandeira, um histórico ponto de partida das lutas dos movimentos sociais e sindicais em nossa capital.

Originalmente, essa mobilização seria em defesa da educação e do serviço público, mas ganharam outro significado após declarações de Bolsonaro que atacam a democracia. Recentemente, ele deixou claro seu projeto autoritário, ao participar da convocação de um ato com manifestações favoráveis ao fechamento do Congresso e do Supremo Trabalho Federal.

As filas para receber o Bolsa Família só aumentam, mais de 12 milhões estão desempregados e mais de 50% da população vive na informalidade. Isso sem contar o crescimento do número de pessoas em situação de rua em todo país. E para piorar não existe nenhuma política no sentido de reverter este cenário diante do caráter antinacionalista de Bolsonaro e de seu ministro da Economia, Paulo Guedes. Eles odeiam tudo que é público e não escondem isso. O país tem serviços públicos de qualidade, mas se não houver reação todos estão sob ameaça de destruição. As medidas neoliberais do governo têm retirado direitos dos trabalhadores, a economia patina, sem dar sinais de recuperação, e o patrimônio nacional é colocado à venda para estrangeiros a preço de banana.

Os ataques às instituições põem em risco a estabilidade social do País e que, por traz dessa ofensiva inconstitucional de Bolsonaro, está a intenção do governo de prosseguir com a sua agenda de desmonte dos direitos da classe trabalhadora e do Estado. Atualmente, no Congresso Nacional, está em curso um conjunto de reformas com o objetivo de reduzir ainda mais direitos dos trabalhadores, como a votação da MP 905 – da carteira verde e amarela.

Diante de tudo isso, esperamos que milhares de trabalhadores tomem as ruas dias 18/3 para dizer que o país está no rumo errado e que precisamos, urgentemente, recuperar o caminho correto, fortalecendo políticas públicas, geração de emprego e renda, do crescimento com soberania e dar um basta a todas as arbitrariedades que este governo vem fazendo no Brasil. O atual cenário é mesmo de perversidade contra a classe trabalhadora. Os serviços públicos estão sendo desmontados pelo governo, que não investe em estrutura e muito menos em pessoal, sucateando o serviço público e negando à população serviços básicos como acesso à aposentadoria, benefícios sociais e outras formas de proteção.

Por isso, nossa missão dia 18/3 é muito importante. Precisamos parar esse país em defesa da democracia, das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora. Do jeito que está, a população não tem perspectiva de dias melhores, com o país enfrentando aumento de informalidade e precarização dos empregos. É preciso retomar políticas públicas como a valorização do salário mínimo e uma agenda prioritária para a retomada do desenvolvimento, valorizando também o lado social.

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