Banco do Brasil: Reestruturação segue com cortes de funcionários e fechamento de agências

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O Banco do Brasil anunciou dia 29/7 uma reestruturação com ajustes de quadros, redução de agências e corte de 2.300 vagas em agências e setores administrativos internos. A reestruturação ainda inclui o fechamento de mais de 300 agências, que serão transformadas em postos de atendimento, sem autonomia e sem gerente administrador. O anúncio foi feito por meio comunicado oficial aos funcionários nos canais internos de comunicação, com critérios e prazos da reestruturação e do plano de desligamento.

O BB lançou ainda um Plano de Ajuste de Quadros (PAQ), com incentivo ao desligamento. A Comissão de Empresa dos Funcionários do BB solicitou ao banco que fosse realizada uma reunião para mais esclarecimentos, com os membros da CEBB e Sindicatos do Comando Nacional. O Sindicato dos Bancários do Ceará foi representado, via videoconferência, pelos diretores José Eduardo Marinho e Jannayna Lima.

Os representantes dos sindicatos fizeram vários questionamentos sobre o pacote de reestruturação e como será a realocação dos funcionários, já que centenas perderão os cargos e terão salários reduzidos. O BB informou que os funcionários que não forem realocados em cargos equivalentes receberão, durante os quatro meses, uma Verba de Caráter Pessoal (VCP), que completa o rendimento. Os caixas não serão contemplados.

A Contraf-CUT prontamente cobrou do banco que, assim como negociado com os sindicatos em reestruturação anterior, que os caixas também tenham direito ao completo salarial. As entidades de representação também questionaram sobre o processo de remoção compulsória para os funcionários que continuarem em excesso nas unidades. O banco afirmou que não haverá remoção compulsória para outro município. A Contraf-CUT solicitou ao banco que seja fornecida a listagem das agências que serão transformadas em postos de atendimento, assim como todos os setores que serão reduzidos, e a respectiva quantidade de funcionários que serão afetados em cada uma das unidades.

O Banco do Brasil disse que vai analisar o fornecimento das informações detalhadas. Os sindicatos cobraram do BB que as homologações de quem se desligar no PAQ sejam feitas nos sindicatos, para melhor acompanhamento e orientação aos funcionários.

Plano – O plano de desligamento oferecido via PAQ, conta com incentivo à demissão de escriturários ou caixas que ficarem excedentes no município e dos funcionários em excesso no cargo, no prefixo em que trabalham. Ou seja, os demais funcionários que não se enquadram no excesso não poderão se desligar no PAQ. O incentivo será de cerca de um salário por ano trabalhado com piso de R$ 20.000,00 e teto de 7,8 salários para quem tiver até 20 anos de banco e até 9,8 salários para quem tiver mais de 20 anos de banco. Nos dois casos o valor do teto será de R$ 200.000,00. O BB ressarcirá por até um ano as mensalidades do Plano Cassi Família ou plano de saúde ofertado pelas Patrocinadoras de bancos incorporados para os funcionários em que o desligamento pelo PAQ cesse o direito de permanência no plano de associados da Cassi ou do respectivo plano oriundo de banco incorporado. O benefício será estendido aos dependentes econômicos, inscritos até a data do desligamento, mediante apresentação de proposta de adesão.

CONFIRA O QUE PREVÊ O PACOTE ANUNCIADO PELO BB

  • Corte de 2.300 vagas, entre escriturários, caixas e funções comissionadas. Os funcionários que não se realocarem, perderão cargos com corte nos salários;
  • Reclassificação de agências: 634 foram rebaixadas e apenas 76 subiram de nível. Mais de 600 gerentes gerais terão uma redução considerável nos salários, chegando em alguns casos a mais de 50% de perda;
  • Transformação de 333 agências em postos de atendimento (PAs) e de 49 postos de atendimento (PAs) em agências. No Ceará, nove agências serão transformadas em PAA, segundo informou o BB ao jornal Diário do Nordeste, no entanto, sem especificar quais municípios seriam atingidos;
  • Criação de 42 agências-empresa;
  • Ajustes: algumas superintendências estaduais e GEPES Estaduais serão fechadas e fundidas com outras, novamente haverá corte de cargos e pessoas terão que se realocar em outro estado se não tiver vaga no local.

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