Coletivo Nacional dos Bancários pede esclarecimentos à Fenaban sobre auxílio doença

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Em reunião, realizada dia 28/10 com a Fenaban, o Coletivo Nacional de Saúde dos Bancários pediu esclarecimentos sobre os problemas na interpretação de cláusula da CCT que trata de complementação salarial aos bancários afastados por doença. Também foram cobradas dos bancos explicações sobre a demissão de trabalhadores doentes e a retomada de medidas protetivas, devido ao aumento de casos de Covid-19. Os representantes dos trabalhadores externaram a preocupação com a flexibilização das medidas protetivas.

Na ocasião, o Coletivo esclareceu que a complementação salarial prevista na cláusula 29 da CCT, além de complementar o salário total, traz as garantias jurídicas previstas na Convenção. Portanto, deve ser garantida a complementação e todos os reflexos nas verbas salariais, PLR, tíquete, entre outros. O valor emergencial é de R$ 1.045,00 estabelecido pela lei 13892/20, mas há casos em que o afastado está sobrevivendo com apenas um salário mínimo, visto que em algumas situações não pagam o adiantamento emergencial de salário. Também foi cobrado que, em eventuais ressarcimentos aos bancos, não sejam descontadas parcelas acima de 30% dos salários.

Segundo o Coletivo, a interpretação dos bancos sobre a complementação salarial do auxílio doença está em desacordo com a cláusula da CCT e têm gerado prejuízo aos trabalhadores. Os representantes da Fenaban, reforçaram a preocupação com a pandemia e concordaram com a necessidade de retomar a mesa de debates sobre o assunto, e ainda afirmaram que os bancos serão orientados a terem um rigor maior evitando flexibilizar medidas diante da piora do cenário.

O Coletivo também relatou a indignação do movimento sindical com a demissão de trabalhadores doentes. É inadmissível a postura dos bancos quanto ao grupo de risco, que muitas vezes estão sendo pressionados a retornar ao trabalho presencial, sendo obrigados a apresentarem relatórios médicos, além da autodeclaração, e muitas vezes acabam sendo demitidos.

A Fenaban pediu um prazo para apresentar uma posição sobre o assunto, que deverá ocorrer no início de novembro. A entidade também pediu um prazo para se posicionar quanto à interpretação da cláusula 29 da CCT.

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