Funcionários do Itaú afirmam que realidade no banco é muito diferente da publicidade

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Desde que o Itaú lançou o projeto “Itaú 2030” e o novo programa de remuneração Gera, a vida dos trabalhados tornou-se um inferno. Para cobrar o devido respeito e valorização aos bancários do Itaú o Sindicato vem realizando uma série de visitas às agências do Itaú em Fortaleza e na região metropolitana. Esta semana foram visitadas as agências da Rua Major Facundo e Rua Barão do Rio Branco, no Centro de Fortaleza.

Além do programa Gera não possuir regras claras, como falta de transparência nos critérios para remuneração, um dos maiores problemas é o acúmulo de funções e sobrecarga de trabalho dos Agentes de Negócios Caixa. Segundo relatos dos trabalhadores, as metas estão surreais, com acúmulo de funções, abusos e ainda recebendo menos. Em diversas ocasiões o Sindicato cobrou do banco a suspensão das metas durante a pandemia por estarem prejudicando os trabalhadores. Os funcionários denunciam frequentemente ao Sindicato exercerem função de atendente, vendedor, telemarketing e caixa, tudo ao mesmo tempo.

As demissões também não param, tanto nas agências, como nos departamentos.

A reforma da Previdência aprovada em 2019 aumentou o tempo de contribuição para poder se aposentar. Os bancários que antes poderiam estar na estabilidade pré-aposentadoria, com as novas regras, precisam trabalhar por mais anos. Mas muitos estão sendo demitidos ou “colocados à disposição”. O Sindicato reforça a necessidade de o banco desenvolver um centro de realocação para que os trabalhadores tenham a oportunidade de continuar no banco.

Outro problema grave envolve trabalhadores com algum tipo problema de saúde, que, em muitos casos, ficaram doentes por causa da rotina massacrante no banco. As publicidades do Itaú passam a imagem de que o banco é uma empresa boa para se trabalhar, mas os depoimentos que o Sindicato recebe diariamente comprovam que a realidade é muito diferente da do comercial. Os trabalhadores estão sendo massacrados e ficando doentes por causa das metas abusivas, e sendo descartados como nada, depois de anos de dedicação. Tudo em nome de uma lucratividade que atingiu R$ 18,9 bilhões em 2020, em meio a um cenário de crise sanitária e social. O Sindicato cobra do banco responsabilidade social e respeito com a saúde e a vida dos trabalhadores.

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