MPF cobra da Caixa melhorias no atendimento e entidades querem mais contratações

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Não é de hoje que as entidades representativas dos empregados da Caixa Econômica Federal denunciam a precariedade das condições de trabalho e a falta de pessoal, que causam sobrecarga dos trabalhadores e comprometem o atendimento à população. O problema chamou atenção do Ministério Público Federal (MPF) que no dia 5/7 ajuizou a Ação Civil Pública (ACP) com objetivo de obter decisão judicial que obrigue a Caixa a realizar melhorias no seu Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC) em todo o país.

Hoje a Caixa tem um déficit de quase 20 mil postos de trabalho. Isso somado às condições precárias de trabalho e às metas desumanas, faz com que os empregados estejam em sua maioria esgotados e adoecidos. A contratação de mais empregados para o banco é uma pauta que as entidades sindicais e associativas têm reiterado nas negociações com a empresa e por meio de mobilizações em todo o país.

Para a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, a ação do MPF é extremamente importante, porque se junta aos esforços das representações dos trabalhadores para melhorar as condições de trabalho no banco e, consequentemente, o atendimento à população.

“Os empregados não medem esforços para fazer o melhor, mas devido às péssimas condições de trabalho e sobrecarga de atividades eles não conseguem atender da melhor forma a população e os clientes do banco. Cada vez mais a direção da Caixa deixa de priorizar o bom atendimento para focar na questão da cobrança de metas que não são atingíveis e acabam gerando o afastamento dos colegas por adoecimento e agravando a carência de pessoal”, destaca a coordenadora da CEE.

A Caixa encerrou o 1º trimestre de 2021 com 81.876 empregados, com fechamento de 2.943 postos de trabalho em doze meses, influenciado pelo Programa de Desligamento Voluntário (PDV). Por outro lado, o banco registrou incremento de aproximadamente 42,4 milhões de novos clientes. Segundo o Dieese, o número de clientes por empregado, em 2007, tinha a média de 575,7 correntistas por empregado. Já no 1º trimestre deste ano, a média subiu assustadoramente para 1.780 clientes por empregado, um aumento de mais de 209%.

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